O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avalia que não é possível incluir no Sistema Único de Saúde (SUS) todos os medicamentos contra a Covid-19 liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo informou o jornal o Globo, as declarações foram dadas em sessão da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado nesta terça-feira (29). Até o momento, nenhuma medicação contra a doença foi incorporada à rede pública: — Não tem condições de se incorporar todos os medicamentos aprovados pela Anvisa — afirmou o cardiologista, que defendeu a adoção de consulta pública antes de tomar a decisão: — São certos parâmetros que existem que só vamos superá-los com a consulta à sociedade.
O baricitinibe é o primeiro fármaco a obter parecer inicial favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), ligada à pasta, para o tratamento contra a Covid-19. O remédio já passou por consulta pública e, agora, deve voltar à discussão no plenário do grupo. — Estou com muito mais atenção aos medicamentos antivirais, aos anticorpos monoclonais (...) do que com essas questões que foram muito discutidas em 2020 — continuou.
A fala foi uma referência à polêmica que envolveu a vacinação infantil no fim do ano, com consulta e audiência pública, e à decisão do então secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE), que barrou relatório da Conitec que contraindicava o uso do kit Covid em pacientes não internados. Sociedades médicas e cientistas criticaram amplamente a medida. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Parecer final sobre cloroquina sairá em breve, diz ministro Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nessa terça-feira (29) que ainda irá se manifestar de forma conclusiva sobre a diretriz da pasta para o uso de medicamentos como hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com covid-19, informou o Valor Econômico.
A eficácia do medicamento já foi rejeitada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec), mas o parecer foi derrubado pelo secretário do ministério Hélio Angotti. Um recurso apresentado pela Conitec foi novamente rejeitado por Angotti, e a decisão final cabe agora ao ministro.
Segundo ele, o processo está em fase final de instrução e deve chegar ao seu gabinete “em breve”. Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos do Senado, Queiroga disse ainda que o consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entregou até agora somente 11 milhões de doses de vacina contra a covid-19 ao Brasil, sendo que o contrato com a entidade prevê 42 milhões de doses. Apesar disso, segundo ele, o país continua contribuindo com o consórcio, ou seja, cedendo sua cota para auxiliar na ampliação da vacinação ao redor do mundo.
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